16/05/2008

Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros é contra o aborto



No Brasil, o aborto tem sido um dos temas em ênfase nas discussões populares, e até mesmo no Senado. Na lei que vigora hoje no país, o aborto é considerado crime pelo Código Penal, punido com pena de prisão de um a quatro anos para a mulher que consentiu com a prática. O que tem causado dissensão na sociedade é quanto aos motivos que levam a tal prática, em situações específicas como: quando a mulher corre risco de morte, quando há má-formação no feto e quando a gravidez é resultado de crime.
Segundo Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, sete em cada dez brasileiros, praticamente, defendem que a lei de aborto continue como está. A porcentagem dos que querem que o aborto continue sendo tratado como crime está em ascensão. Em 2006, os que defendiam a lei somavam 63%; em 2007, eram 65%. Enquanto que 34% defendiam a flexibilização da lei do aborto para casos específicos.
O aumento dos que são contrários a realização de mudanças na lei do aborto, pode ter alguma relação com a campanha que a Igreja Católica move contra esse tipo de prática no Brasil. A campanha mais contundente foi feita pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Lá, no último mês padres levaram às missas reproduções de fetos. Foram produzidos 600 bonecos imitando fetos com três meses de gestação. Eles foram usados nas procissões, os bonecos fazem parte da campanha da fraternidade de 2008 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cujo lema é “Escolhe, pois é vida”. O Alvo da CNBB é um projeto de lei que descriminaliza o aborto. O projeto, está parado há 16 anos na Câmara dos Deputados e havia a previsão de que poderia entrar na pauta neste mês.
Outro discussão ligada ao aborto e que tem causado polêmica no plenário federal, são as pesquisas com células tronco embrionárias. Uma das principais indagações, é saber quando começa a vida.Cientistas são favoráveis às pesquisas, pois afirmam que através das mesmas podem haver possibilidades de cura para doenças hoje consideradas incuráveis, como: mal de Alzheimer, câncer, e até mesmo restituição de órgãos mutilados em acidentes. Em defesa das pesquisas, os cientistas afirmam que as células embrionárias estudadas, seriam de espermatozóides já congelados há mais de três anos em laboratórios, e que por isso não seria um atentado a vida ou aborto. No senado, o debate para aprovação das pesquisas no Brasil, estava em dissensão justamente por uma indagação: Fazer pesquisas com embriões vivos é ou não aborto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário